Um grupo de trabalho da Cooperativa dos Produtores Rurais da Bahia (Cooperfarms) recebeu nesta última terça-feira (28), o relatório final de uma instrutória prática assistida que teve sob a organização do ex-secretário da Agricultura e da Pesca de Santa Catarina e engenheiro agrônomo, Airton Spies.
O objetivo da instrutória que nasceu dentro do Fórum das Cooperativas Agropecuárias da Bahia, de iniciativa da Organização das Cooperativas do Estado da Bahia (OCEB) em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo no Estado da Bahia (SESCOOP/BA) e que tem o intuito de aumentar a sinergia entre sete cooperativas agrícolas, entre elas a Cooperfarms, é de proporcionar aos gestores e executivos as competências para a elaboração de estratégias e planos para o desenvolvimento e a expansão da Cooperativa, tendo como base o diagnóstico da situação passada, presente e futura realizado por Spies com a colaboração do grupo de trabalho composto por conselheiros e equipe administrativa da Cooperativa.
O documento consta de um plano com 16 ações e estratégias, cada uma com sua forma de implantação, seu respectivo prazo de execução e seus impactos ou resultados esperados. “São ajustes na administração da cooperativa, proposição de novas formas de atuação para as atividades que já vêm sendo executadas, além da expansão e implantação de novos negócios, sempre atendo-se a missão, visão e valores da cooperativa, seus objetivos e aos princípios do cooperativismo. O desafio é fazer uma gestão melhor, mais eficaz e que tornará a Cooperativa mais competitiva e sustentável em benefício de seus cooperados e familiares”, pontou Spies.
Segundo ele, o trabalho que iniciou em agosto de 2019, agora avança para a quarta e última etapa que deverá acontecer em Salvador e reunirá os membros das quatro cooperativas contempladas com a instrutória nesta primeira fase.
“A ideia é que também, a partir do Fórum, as cooperativas desenvolvam ações para fortalecer o cooperativismo agropecuário baiano através de oportunidades de intercooperação na qual possam criar escala, serem mais eficientes e competitivas nas negociações, tanto na compra de insumos como também na comercialização e na industrialização de produtos de origem de seus cooperados, além compartilharem experiências exitosas que levam a resultados que vão beneficiar associados e familiares através da geração de sobras que o cooperativismo compartilha”, disse Airton.
Doutor em Economia dos Recursos Naturais pela University of Queensland da Austrália e Mestre em Ciências Agrícolas pela Universidade de Lincoln, Nova Zelândia, Spies atuou por 34 anos como extensionista e pesquisador da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) e chefiou o Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola da instituição entre os anos de 2005 a 2010, sendo responsável pelo planejamento do setor agropecuário daquele Estado.
Para o presidente da Cooperfarms, Marcelo Kappes, “o plano de ação norteará e subsidiará a Cooperfarms para uma nova fase que visa impulsionar os negócios da cooperativa, seja pelo ajuste comercial e institucional de algumas unidades de negócios e na expansão de outras a curto, médio e longo prazo, mas principalmente em conscientizar e despertar o senso de pertencimento de seus cooperados e colaboradores na sustentabilidade da Cooperativa”, ressaltou Kappes.