A Cooperativa dos Produtores Rurais da Bahia (Cooperfarms) oficializou nesta terça-feira (12), a implementação de um Comitê Técnico. De acordo com o Manual de Boas Práticas de Governança Cooperativa publicado pela Organização das Cooperativas Brasileiras (Sistema OCB), os comitês são organismos facultativos de assessoramento e suporte à tomada de decisão do Conselho de Administração em temas que requerem mais profundidade analítica.
Segundo o presidente da Cooperfarms, Marcelo Kappes, o órgão que já funcionava de forma informal, agora atua em conformidade ao Regimento Interno da Cooperativa e também alinhado a Diretoria Comercial, com o intuito de orientar os cooperados na tomada de decisão, principalmente na redução de custos de produção.
“O Comitê, formado por produtores e consultores agronômicos associados, visa, de imediato, uma análise comportamental em relação a performance dos agroquímicos e o desempenho produtivo de novas variedades que envolvem as culturas da soja, milho e algodão, e com base nestas amostras, implantar, em um segundo momento, um programa regional com recomendações técnicas, semelhante ao que já acontece no Centro-Oeste do país”, explicou.
Sobre as particularidades da região, Kappes disse que a Cooperativa está ciente do desafio e que por isso, o comitê é composto por membros que atuam nas diversas microrregiões produtivas que hoje arranjam a base de atuação da Cooperfarms. Compõem o Comitê os cooperados: Milton Ide, Celito Breda, Pedro Bugnera, Orestes Mandelli, Jeferson Oliveira, Altair Rhod e Fernando Mroginski.
“Através de uma composição técnica mista, com excelente aptidão e comprometida com a sustentabilidade da agricultura e da Cooperativa, conseguiremos difundir estratégias integradas adequadas com as realidades agronômica e comercial das fazendas”, pontuou Kappes.
Para o produtor Alan Juliani, presidente da Aprosoja Bahia, o órgão trará ganhos para toda a região. “Através desta sinergia entre consultores e produtores e da estruturação de um banco de dados teremos um diagnóstico agronômico cada vez mais legítimo, seguro e assertivo da região, e consequentemente com maior potencial produtivo”, completou.
Neste primeiro webinar, o grupo iniciou um diálogo com maior profundidade e detalhamento sobre ações integradas de manejo das principais doenças da cultura da soja, como ferrugem asiática, manchas, antracnose e DFC (Doenças de Final de Ciclo). Na análise do grupo, o trabalho deverá ser cada vez mais sistêmico com atividades preventivas e curativas, com o objetivo de manter a eficácia dos produtos que já apresentam resistência e preservar os princípios ativos para os quais a resistência ainda não foi comprovada.