
No último sábado (31), a Fazenda Osman, em Barreiras, recebeu produtores, técnicos e associados da Cooperfarms para o Dia de Campo de Sorgo, realizado em parceria com a Ide Pesquisa & Consultoria, do cooperado Milton Ide. O evento reforçou a importância da cultura na diversificação produtiva da região e destacou seu papel estratégico tanto no campo agronômico quanto na construção de cadeias produtivas mais sustentáveis e verticalizadas.
Ao todo, foram apresentados 35 variedades de sorgo, além de híbridos de milheto, com avaliações de características agronômicas, produtividade e adaptação às condições do Oeste da Bahia.
O encontro acontece em um momento de expansão do sorgo na região. Segundo levantamento do setor técnico da Aiba (Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia), publicado em 22 de maio, a área plantada com sorgo na safra 2024/2025 alcançou 160 mil hectares, um crescimento de 6,7% em relação à safra anterior. Esse aumento reforça a aposta dos produtores na cultura, que vem se consolidando como uma alternativa rentável e de grande importância tanto para a saúde do solo quanto para a viabilidade de novos projetos agroindustriais.
“O objetivo deste dia de campo é levar informação técnica qualificada para que o nosso associado tome decisões assertivas. Do ponto de vista agronômico, sabemos dos benefícios que o sorgo traz como fonte de matéria seca e, especialmente, no controle de nematoides, contribuindo para a sustentabilidade produtiva”, destacou o diretor comercial da Cooperfarms, Rubens Shigueo.
Além dos ganhos agronômicos, o sorgo também tem se mostrado peça-chave na estratégia de desenvolvimento econômico regional, conforme ressaltou o presidente da Cooperfarms, Marcelino Kuhnen. “O Oeste da Bahia é uma região consolidada nas grandes culturas, como milho, algodão e soja. Agora, nosso desafio é apostar em novas culturas e na verticalização, com projetos voltados, por exemplo, para a produção de etanol e proteína animal. Ao transformar grãos em produtos de maior valor agregado, mudamos completamente o patamar econômico da região”, afirmou.
Para o associado Dante Gabriel Paganella, os efeitos do sorgo no manejo do solo são bastante expressivos. “O sorgo é uma cultura extremamente resiliente à seca, sendo uma excelente opção para a safrinha. Além disso, temos observado que áreas onde implantamos soja após resteva de sorgo apresentam melhores resultados. Isso se deve ao seu sistema radicular muito agressivo, que promove a formação de galerias no solo, facilitando o desenvolvimento das raízes da soja, nossa principal cultura de verão”, explicou.