
A Cooperativa de Produtores Rurais (Cooperfarms) sediou, nesta quinta-feira (30), em Luís Eduardo Magalhães, um encontro técnico sobre a cultura da mamona. O evento, promovido pela Orígeo, com apoio da cooperativa, Bunge e Kaiima, reuniu especialistas e produtores interessados no cultivo da oleaginosa.
Entre os convidados, Mariana Torres, gerente técnica regional da Orígeo (Bahia e Piauí), Heitor Trevisan, gerente comercial da Kaiima e Marcelo Ferreira, gerente comercial da Orígeo (Bahia e Piauí).
Durante o evento, Torres detalhou a iniciativa da Orígeo, desenvolvida em parceria com a Bunge e a Kaiima, que busca incentivar a introdução da mamona no Oeste da Bahia. Em seu segundo ano de execução, o programa oferece um ecossistema de suporte aos produtores, desde fornecimento de sementes, acompanhamento técnico do plantio a colheita, logística até a comercialização do grão. Hoje, o preço por quilo, via programa, é de R$ 4,00.
Atualmente, a Índia é o principal produtor mundial de mamona e precifica o mercado global. A cultura se destaca como uma alternativa sustentável para a produção de diesel verde, além de possuir ampla aplicação nas indústrias química e farmacêutica.
"Para participar do programa, que segue os conceitos e as práticas agrícolas da agricultura regenerativa, só serão aceitas áreas abertas até o ano de 2007", enfatizou Mariana Torres.
Heitor Trevisan ressaltou os benefícios agronômicos do cultivo da mamona, que possui sistema radicular profundo e robusto, que contribui para a descompactação do solo e apresenta uma baixa relação carbono/nitrogênio.
"Observamos que, além de melhorar a estrutura do solo, a mamona ajuda a interromper o ciclo de algumas pragas e doenças da região, reduzindo, por exemplo, a incidência de nematóides. A cultura também demonstra impacto positivo na produtividade da soja em safras subsequentes", afirmou o engenheiro agrônomo.
Segundo o diretor comercial da Cooperfarms, Rubens Shigueo, o encontro reforça o compromisso da cooperativa em apoiar iniciativas sustentáveis e inovadoras para os produtores da região, fomentando alternativas que impulsionem a produtividade e a sustentabilidade no agronegócio baiano.
"A cultura da mamona pode ser como uma excelente alternativa, tanto do ponto de vista econômico quanto agronômico, além de contribuir na diversificação da produção na região", destacou.