Na última quinta-feira (03), a Cooperfarms realizou o jantar “Conexão para o Amanhã”, um evento que reuniu cooperados e sucessores para discutir os projetos agroindustriais em andamento na cooperativa.
Durante o evento, o diretor executivo André de Oliveira apresentou os resultados de um estudo de viabilidade encomendado pela cooperativa, que se concentra na implementação de uma agroindústria local voltada para a produção e abate de aves de corte. Os dados indicam que o Oeste da Bahia possui um alto potencial para a avicultura. Além de fechar o ciclo da cadeia produtiva de grãos e aumentar a eficiência nas propriedades com a produção de proteína animal e a reciclagem de nutrientes, a atividade poderá gerar mais de 2 mil empregos diretos e cerca de 19 mil indiretos.
“Atualmente, a região tem capacidade para implementar um frigorífico que pode abater diariamente 180 mil frangos, operando 280 dias por ano. Isso totaliza 50,4 milhões de aves abatidas anualmente e demandará a construção de pelo menos 234 aviários nas fazendas dos nossos cooperados”, destacou André.
Marcelino Kuhnen, presidente da Cooperfarms, reforçou que os dados são promissores. “A implantação da agroindústria não só é viável economicamente, mas representa uma grande oportunidade de crescimento para a região. Estamos em conversas avançadas com parceiros reconhecidos e líderes de mercado com estratégias de intercooperação. Juntos, buscaremos estruturar este projeto de forma sólida, garantindo que possamos aproveitar ao máximo o potencial do Oeste da Bahia. As cooperativas têm um impacto positivo no desenvolvimento regional, com municípios que as abrigam apresentando alta empregabilidade e os maiores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) superiores”, enfatizou Kuhnen.
Para o cooperado Dante Paganella, o projeto representa mais uma alternativa que beneficiará tanto os agricultores quanto a comunidade. “Dentro da porteira, surgirá uma nova fonte de renda que, somada à produção agrícola, proporcionará várias entradas de recursos ao longo do ano, diminuindo a dependência da comercialização de grãos”, completou.
Troca de Experiência
O evento também destacou a importância da troca de experiências. Um grupo de sucessores, que participou de um intercâmbio ao Paraná em agosto passado, compartilhou suas vivências sobre o modelo cooperativista paranaense, um dos mais desenvolvidos do Brasil. A comitiva apresentou a visão e o funcionamento das cooperativas Witmarsum, Frísia e Castrolanda, que possuem vasta experiência em processos agroindustriais avançados e tecnológicos, construindo um legado com a nova geração de produtores e completando o ciclo da cadeia produtiva.
Outro grupo discutiu as temáticas abordadas na décima edição do Top Farmers, realizada no mês passado em Campinas. Este evento, que reúne grandes produtores de soja, milho, algodão, cana, café e trigo de todo o país, debateu mudanças climáticas, Sustentabilidade Ambiental, Social e Governança (ESG), segurança alimentar, soluções ambientais, legislação e tendências de mercado.
A iniciativa com os sucessores faz parte do Programa Cultivar o Futuro, uma agenda interna da cooperativa, que busca integrar gerações e promover práticas educacionais, sociais, ambientais e de governança.
