Como transformar uma área legal em uma reserva de ativos ambientais e remunerar os particulares que a conservam? Esse, e outros questionamentos que envolvem a agenda mundial para reduzir as emissões de carbono em 40 bilhões de toneladas por ano, estiveram na pauta da sétima edição do Encontro de Mulheres Cooperfarms, realizado na última terça-feira (14), em Luís Eduardo Magalhães.
Neste ano, o encontro trouxe a temática da inovação e da sustentabilidade com olhar para a economia circular verde, - uma nova ordem econômica que ressoa principalmente no setor produtivo. Samanta Pineda, especialista em Direito Socioambiental (PUC-PR) e professora convidada no MBA da Fundação Getúlio Vargas (FGV) de São Paulo e de Brasília, do INSPER/SP e da Escola Superior do Ministério Público do Rio Grande do Sul, conduziu o bate-papo com mais de 100 mulheres.
Segundo ela, o atual momento de transformação é semelhante ao vivido na década de 1990, com a ascensão da economia digital impulsionada pelo acesso à internet. “Pesquisadores como o economista britânico, Jeremy Oppenheim, asseguram que em 20 anos, as atividades e setores econômicos ligados à economia verde serão mainstream, enquanto as atividades mais poluidoras cairão na obsolescência. E o Brasil já tem todos os pré-requisitos para estar no centro dessa nova economia emergente, temos florestas, matriz energética com alto percentual de fontes renováveis e capital humano”, defendeu.
Para o presidente da Cooperfarms, Marcelino Kuhnen, esse olhar para a sustentabilidade “transpira” o momento atual da cooperativa. “Estamos com diversas ações estratégicas focadas no desenvolvimento socioambiental dentro e fora da Cooperfarms. Pensar em sustentabilidade é compartilhar prosperidade com a comunidade, com as pessoas e com planeta, ou seja, essa é uma agenda que, assim como a sucessão familiar, garantirá a perpetuidade dos negócios da cooperativa e dos cooperados”, enfatizou.
Sobre o Encontro - Criado em 2017, o Encontro de Mulheres Cooperfarms visa promover a integração de associadas, esposas e filhas de associados e demais lideranças femininas em um único movimento para que juntas possam refletir sobre sua condição junto à família e aos negócios. E a partir dessa vivência implantarem outras iniciativas que fortaleçam a presença da mulher no agronegócio da região. O evento teve o apoio do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo no Estado da Bahia (SESCOOP/BA).