A Cooperativa dos Produtores Rurais da Bahia (Cooperfarms) abraçou mais um movimento de saúde pública: a Campanha Coopere com a Vida. Seja doador de órgãos e avise a sua família, liderada pelo Sistema Cooperativista Baiano, que visa conscientizar e sensibilizar as famílias baianas sobre a importância da doação de órgãos.
De acordo com levantamento da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), entre janeiro e agosto de 2017 apenas 88 doações foram realizadas na Bahia e ainda existem 1.915 a serem feitos, apenas aguardando por uma doação. Cerca de 63% das famílias baianas se recusam a doar órgãos de entes falecidos para serem transplantados, enquanto a média nacional é de 56%, de acordo com a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO). Neste ano, o estado já é o terceiro do Nordeste em recusas, ficando atrás apenas de Maranhão (69%) e Paraíba (65%). Um dos motivos mais alegados para a negativa de autorização familiar é a falta de conhecimento sobre o desejo do falecido. Segundo a entidade os órgãos que podem ser doados são: rim, fígado, coração, pâncreas e pulmões; além dos tecidos: córnea, pele, ossos, cartilagens, sangue, válvas cardíacas e medula óssea.
Maior Demanda
Segundo informações do Registro Baiano de Transplantes, com base no mês de julho/18, a maior parte das pessoas dessa lista (916 pacientes) aguarda a doação de um rim. Em segundo lugar, está a demanda por córneas (710 pessoas). E, de acordo com a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), existem mais de 30 mil pacientes cadastrados em lista de espera para transplante de um dos seguintes órgãos: rim, fígado, coração, pulmão, pâncreas e córnea.
Quando pode doar?
A doação é realizada através do transplante de órgãos ou tecidos, que são retirados após a confirmação da morte cerebral de uma pessoa, embora também exista a possibilidade de doar em vida, como um rim ou um pedaço do fígado, medula óssea e sangue. No entanto, a maioria das doações acontecem no caso:
• Morte cerebral, que é quando o cérebro deixa de funcionar completamente, e por isto, a pessoa nunca irá se recuperar. Isso, geralmente, acontece por acidentes, quedas ou após um AVC. Neste caso, praticamente todos os órgãos e tecidos saudáveis podem ser doados;
• Após parada cardíaca, como por infarto ou arritmias: neste caso, somente podem doar tecidos, como córnea, vasos, pele, ossos e tendões, pois como a circulação ficou parada por um tempo, isto pode prejudicar o funcionamento dos órgãos, como o coração e rins, por exemplo;
• Pessoas que faleceram em casa, podem doar apenas as córneas, e até 6 horas após a morte, porque a circulação sanguínea parada pode danificar os outros órgãos, colocando em risco a vida da pessoa que receberia;
• Em caso de anencefalia, que é quando o bebê tem uma má formação e não possui o cérebro: neste caso, há um curto tempo de vida e, após confirmação da morte, todos os seus órgãos e tecidos podem ser doados para outros bebês que estejam necessitando.
Quem pode doar?
Praticamente todas as pessoas saudáveis podem doar órgãos e tecidos. Pessoas menores de 21 anos precisam de autorização dos responsáveis. O mais importante é comunicar a família, pois não há necessidade de deixar registrado em nenhum documento.
Com informações: Ascom OCEB/Sescoop/BA