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Quinta, 17 Novembro 2016 18:00

Mesa redonda discute controle de mosca branca no oeste baiano

Mesa redonda discute controle de mosca branca no oeste baiano Crédito: Divulgação Lélio Souza

Apesar do hábito migratório de curto alcance, a mosca branca está entre principais pragas agrícolas do país, isto porque, com a ajuda do vento pode infestar áreas distantes e depois de instalada ocasiona danos diretos e indiretos que registram perdas economicamente significativas. E às vésperas do plantio no oeste baiano, o assunto não poderia deixar de estar na pauta dos produtores.

Em uma iniciativa conjunta entre a Cooperativa dos Produtores Rurais da Bahia (Cooperfarms) e a multinacional Syngenta, o pesquisador Rui Scaramella Furiatti, professor associado e responsável pelo Laboratório de Entomologia Aplicada da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) esteve em Luís Eduardo Magalhães, na quinta-feira, 27/10, em uma mesa redonda com os cooperados.

Segundo Furiatti, o oeste baiano oferece condições ideais para o desenvolvimento da mosca branca, com temperatura e hospedeiros importantes para o inseto.  “Além do clima, a ocorrência de períodos sem chuva durante o ciclo das plantas, chamados popularmente de veranicos, contribuem para o aumento rápido da população”, revelou.

Para o pesquisador, que tem como linha de pesquisa principal o manejo integrado de pragas, o primeiro passo para o controle do inseto seria o monitoramento das áreas durante o ano inteiro, ou seja, o reconhecimento e o controle de focos iniciais da mosca branca na entre safra. A utilização de variedades que tenham efeito negativo na taxa de multiplicação da praga, o reconhecimento dos estádios do inseto pelos monitores, a introdução do controle biológico juntamente com o controle químico eficaz e o trabalho conjunto entre produtores vizinhos seguem no hall de medidas defendidas pelo pesquisador para se obter o sucesso no controle do inseto.

 “O controle dos primeiros migrantes da mosca branca em soja, oriundos de hospedeiros intermediários ou plantas tigueras, são desconsiderados pela grande maioria dos produtores por ocorrerem em baixas populações, porém são essas que originam as incontroláveis populações em soja plantada na sequência. A utilização de inseticidas de baixa eficácia ou em sub dosagem e a prática de utilização de inseticidas somente quando se aplica fungicidas são pecados mortais”, explicou.

Taxativo, Furiatti defendeu a implantação de um controle integrado regional.  “A cooperação entre os produtores certamente será o fator chave no controle desse inseto e de outros”. Segundo ele, a mosca branca é a praga chave da soja no cerrado brasileiro e tem que ser encarada como tal. “O que sabemos é que o manejo dessas populações e a cooperação entre os produtores podem fazer frente às condições ambientais propícias ao desenvolvimento do inseto no futuro”, disse o pesquisador.

Apesar, dos poucos trabalhos com dados confiáveis de perdas de produção dos materiais genéticos cultivados atualmente, estima-se que na soja, esse número representa cerca de 20% ou mais, dependendo da variedade. “A observação de suscetibilidade das variedades à mosca branca é de grande importância e deveria ser um conhecimento partilhado por técnicos e produtores regionalmente”, defendeu Furiatti.

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