Variedade é resistente aos nematoides de cisto, galhas e apresenta baixo fator de reprodução ao Pratylenchus. Parasitas impedem que os nutrientes cheguem à parte aérea das plantas, o que resulta em perdas de produtividade. Adoção de medidas preventivas como o uso de variedades resistentes, manejo do solo, rotação de culturas, utilização de plantas de cobertura e controle biológico podem evitar grandes prejuízos.

Os nematóides estão entre as principais pragas que vem reduzindo a produtividade da soja no Brasil. Como uma solução tecnológica para esse problema, a Embrapa Cerrado lança a cultivar BRS 7380 RR resistente a múltiplos tipos de nematóides.

A variedade, que já está disponível para uso neste ano, possui resistência a raça 3 do nematóide do cisto da soja (Heterodera glycines) e mais dois nematóides formadores de galhas: Meloidogyne incognita e Meloidogyne javanica.

Por estas características de resistências múltiplas a nematóides e seu ciclo precoce, permite a sua utilização no sistema produtivo da sucessão de culturas em regiões cujos solos apresentam histórico de problemas graves com os nematóides.

Conforme explica o pesquisador da Embrapa, Sebastião Pedro da Silva Neto, "ao se alimentarem das raízes, os nematóides podem causar a inviabilização da produção em determinada área". Plantas atacadas por nematóides caracterizam-se pelo baixo vigor e pouco desenvolvimento da parte aérea.

Segundo Neto, quando a população do verme é alta os produtores devem tomar medidas preventivas para a próxima safra, já que não é possível recuperar o potencial produtivo das plantas atacadas. Assim, é preciso realizar amostragem do solo [contendo plantas e raízes] para que seja diagnosticado o tipo e percentual da população do nematóide, e a melhor forma de tratamento.

No entanto, o pesquisador ressalta que além da utilização de variedades resistentes, medidas preventivas como a realização de controle biológico, manejo do solo, rotação de culturas e utilização de plantas de cobertura também são fundamental para conter a população do verme no solo.

Por: Fernanda Custódio e Larissa Albuquerque
Fonte: Notícias Agrícolas