As fortes chuvas que caíram na região Oeste da Bahia em janeiro, seguida de uma estiagem nos meses de fevereiro e março deste ano causaram um desequilíbrio significativo nas lavouras de soja, milho e algodão na região. O cenário, entretanto, não é uniforme para todos os produtores, já que, além da falta de chuva, as tecnologias utilizadas no campo também são fatores determinantes para a produtividade.
De acordo com o 4º levantamento para a safra 2015-16, realizado pelo Conselho Técnico da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) – formado por representantes de associações de produtores, sindicatos, multinacionais, instituições financeiras e órgãos governamentais –, a estimativa é que a região colha, em média, 35 sacas de soja por hectare plantado (sc/ha), o que representa uma quebra de safra de 37,5% se comparada à produtividade normal que é de 56 sc/ha, de uma área total de pouco mais de 1,5 milhão de hectares.
Já a cultura do milho, cuja área plantada no Oeste da Bahia é de 135 mil ha, a produtividade médica caiu de 165 sacas para 115 sc/ha, ou seja, uma redução de aproximadamente 30%.
A lavoura de algodão foi a menos afetada pela estiagem. Ainda assim, houve uma queda de 22% na produtividade deste ano, saindo de uma colheita média de 270 arrobas por hectares plantados, para apenas 210 arrobas.
Esses números foram validados pelo Conselho Técnico da Aiba, que baseou-se nos laudos técnicos entregues pelos próprios produtores à Associação. Os dados contidos nos pareceres assinados por engenheiros agrônomos das áreas analisadas serão encaminhados às prefeituras dos municípios onde estas áreas estão inseridas, para embasar as decisões a serem tomadas pelas mesmas.
Visando minimizar os prejuízos dos agricultores e garantir que muitos deles não saiam da atividade, a Aiba já iniciou o diálogo com algumas instituições financeiras, a fim de facilitar a renegociação das dívidas da categoria.
Fonte: Ascom Aiba